Com o debate de ontem, na TV Globo, acabou a campanha presidencial. Foi mais longa do que pensávamos. No meu caso particular, com a difícil campanha de governo, já ansiava por um curto descanso e a retomada dos trabalhos parlamentares, com o objetivo de encerrar o mandato, recolhendo arquivos, transmitindo projetos e até experiência, se algum eleito precisar dela.
É um momento de profunda reorganização. Praticamente uma nova vida terá ser inventada, embora baseada nas aptidões do passado. Nosso site deverá retornar ao ar, com sua nova forma, na semana que vem.
Não será ainda uma forma definitiva. Mas aquela que vai nos manter em contato com vocês, nesse período de transição. Os meses de novembro e dezembro serão usados para amadurecimento dos projetos que temos para 2011. Em janeiro, então, começaremos oficialmente uma nova fase, sem mandato político, combinando a contribuição com o país com a luta pela sobrevivência.
Assim que os projetos forem postos em prática, vamos informar aos que acompanham nossa trajetória. Uma característica da nova fase, que passa também pelo jornalismo, é a tentativa de entender e transmitir a realidade. Algo um pouco diferente da ação exclusivamente política, onde ao invés de nos concentrarmos no entendimento das coisas como elas são, privilegiamos o discurso sobre como as coisas deveriam ser, Há uma diferença entre o repórter e o político, entre aquele que se dispõe a ser testemunha e o que se dispõe a ser ator.
Há vida fora de Brasília, há vida fora do poder. Nesses 50 anos de atividade pública, creio que só pertenci a um governo durante seis meses, no principio de 2003. Sempre fui oposição e nem sempre tive mandato político. Quando entrar 2011, grande parte da transição já terá sido feita e saudaremos o novo ano como o mais produtivo da última década, uma vez que os grandes problemas do país estarão em jogo e tratá-los na sociedade pode ser tão ou mais útil ao Brasil do que reduzi-los a um debate parlamentar.
Domingo é de dia de eleições. Mantive minha coerência na campanha ao governo do estado, apoiei no segundo turno a força política nacional que me apoiou no Rio. Para quem, como eu, não acredita apenas em pesquisas, resta esperar o resultado amanhã à noite. Em qualquer hipótese, a transição para uma nova vida é irresistível.
Até segunda, com as novas idéias para o ano que vem.
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