
No sábado, Lula chegou a Paris, onde deu entrevistas para a imprensa estrangeira e, à noite, jantou com o premier de Portugal, José Sócrates. As entrevistas para a imprensa estrangeira se repetirão hoje, quando o presidente conversará com seu colega francês, Nicolas Sarkozy, e receberá o prêmio da Paz Félix Houphouët-Boigny, da Unesco. Depois, irá à Itália; terá encontro com o presidente do México, Felipe Calderón; reunião do G-5, conversa com a chanceler alemã, Angela Merkel – e assim por diante.
Tanta agitação internacional não é um fato isolado na vida do presidente brasileiro. Apenas no primeiro semestre, ele passou 77 dias longe do seu gabinete, em Brasília – com agendas no Brasil e no Exterior. Já visitou, nesse período, um total de 19 países. Só em junho, foram 14 dias de viagens, sendo oito fora do país. Na busca de protagonismo internacional, o Brasil abriu embaixadas em nações remotas, como Cazaquistão, Togo e Botsuana. Em pouco mais de cinco anos, houve uma ampliação de 30% no número de embaixadas.
Com a intenção de aumentar a interlocução brasileira no Exterior, foram criadas embaixadas em 27 países entre 2003 e 2008. Os postos avançados, segundo o Itamaraty, têm a missão de consolidar o Brasil como o líder das nações em desenvolvimento e ampliar acordos comerciais com mercados alternativos. Esses objetivos fizeram com que o maior volume de ações se concentrasse na África, onde foram abertas 15 embaixadas. A Ásia recebeu quatro unidades e as outras oito foram espalhadas por América Central e Europa.
Veja alguns pontos que apontam para a possível candidatura de Lula à ONU:
- Sua interlocução reconhecida com todos os líderes mundiais
- A recondução de Ban Ki-moon é indesejada
- Seu mandato termina em tempo hábil
- Pode ser a vez da América Latina
- Lidera os Bric, potenciais líderes mundiais do futuro
- Tem a simpatia de outros líderes e, especialmente, de Obama
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