
O resultado, segundo o relato do próprio ombudsman, é desalentador. "A Redação, no entanto, considerou a averiguação encerrada. Na semana retrasada, a ministra me enviou laudos por ela contratados que atestam a falsidade do documento. Ao noticiar a existência dos laudos no domingo, o jornal, em termos tortuosos, sugeriu que ainda há dúvida sobre a fidedignidade do documento porque o original cuja reprodução ele publicara não foi examinado.
"Se a Folha quer mesmo esclarecer o assunto, é simples: deve identificar a fonte que lhe enviou eletronicamente a ficha (assim, o público avaliará sua credibilidade) e instá-la a fornecer o documento original para exame de peritos isentos e pagos pelo jornal. Só isso elucidará o caso, embora para leitores especializados em artes gráficas, nem seja necessário. Alguns me mandaram material convincente para comprovar a fraude. Um deles, André Borges Lopes, diz que 'trata-se de falsificação tão grosseira que qualquer técnico do departamento de arte do jornal poderia detectar os indícios de fraude em cinco minutos de análise' ”.
Lins é o novo ombudsman da Folha e, para os interesses do jornal, parace que não foi a escolha mais feliz, principalmente depois que seu antecessor, Mário Magalhães, saiu brigado com a direção, conforme deixou bem claro na sua coluna de despedida, em 06/04/2008: "...o meu mandato se encerrou anteontem. Embora o estatuto autorize a renovação por mais dois períodos, não houve acordo com a direção do jornal para a continuidade. A Folha condicionou minha permanência ao fim da circulação na internet das críticas diárias do ombudsman. (...) Não concordei. Diante do impasse, deixo o posto. (...) Sou o primeiro a ter como exigência, para renovar, o retrocesso na transparência do seu trabalho. A partir de agora, os comentários produzidos pelo ombudsman durante a semana só poderão ser conhecidos por audiência restrita, de funcionários do jornal e da empresa, que os recebe por correio eletrônico. Os leitores perdem o direito."
O jornalista, como bem observa Celso Lungaretti, saiu atirando, o que lhe valeu a solidariedade de jornalistas e leitores. A Folha, tentando desfazer a má impressão, tratou de substituí-lo por um profissional íntegro e respeitado. Mas, houve quem concluísse, apressadamente, que teriam pinçado alguém mais dócil às imposições patronais. Como se vê, não é bem o que parece.
Lins é o novo ombudsman da Folha e, para os interesses do jornal, parace que não foi a escolha mais feliz, principalmente depois que seu antecessor, Mário Magalhães, saiu brigado com a direção, conforme deixou bem claro na sua coluna de despedida, em 06/04/2008: "...o meu mandato se encerrou anteontem. Embora o estatuto autorize a renovação por mais dois períodos, não houve acordo com a direção do jornal para a continuidade. A Folha condicionou minha permanência ao fim da circulação na internet das críticas diárias do ombudsman. (...) Não concordei. Diante do impasse, deixo o posto. (...) Sou o primeiro a ter como exigência, para renovar, o retrocesso na transparência do seu trabalho. A partir de agora, os comentários produzidos pelo ombudsman durante a semana só poderão ser conhecidos por audiência restrita, de funcionários do jornal e da empresa, que os recebe por correio eletrônico. Os leitores perdem o direito."
O jornalista, como bem observa Celso Lungaretti, saiu atirando, o que lhe valeu a solidariedade de jornalistas e leitores. A Folha, tentando desfazer a má impressão, tratou de substituí-lo por um profissional íntegro e respeitado. Mas, houve quem concluísse, apressadamente, que teriam pinçado alguém mais dócil às imposições patronais. Como se vê, não é bem o que parece.
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