Paulo Coelho, 64 anos, levou um susto dia 28 de novembro: num exame, soube pelo médico que “morreria em 30 dias” por causa do entupimento de 90% de duas artérias do coração. Com o vazamento da informação, o escritor publicou em seu blog no último sábado (25) um vídeo -- veja acima -- no qual explica o episódio.
No vídeo, o escritor explica que depois do pai de sua agente, Mônica, morrer de infarto ela insistiu que Paulo Coelho visitasse o médico para fazer um exame de rotina, onde se descobriu o problema.
No vídeo, o escritor explica que depois do pai de sua agente, Mônica, morrer de infarto ela insistiu que Paulo Coelho visitasse o médico para fazer um exame de rotina, onde se descobriu o problema.
"A nota de Ancelmo Gois, colunista do O Globo, diz que o médico me deu 30 dias de vida, dia 28 de novembro do ano passado, o que é absolutamente correto, mas deixa eu explicar. O pai da minha agente Mônica morreu em setembro e a Mônica começou a encher o saco de todo mundo mandando fazer exames. E eu pensei: 'poxa, eu ando todos os dias, eu faço arco e flecha, eu tenho uma vida saudável, eu não sou gordo, eu não vou fazer este teste'. Mas quando eu voltei do aniversário da minha mulher em Madri, eu já tinha marcado a consulta e eu fui fazer o teste, o famoso teste do esforço. Fiz, fiquei cansado, e quando eu sai fui para a sala dele (médico) e o cara virou e disse 'Sr. Coelho o senhor vai morrer daqui a 30 dias' e eu olhei para a minha mulher e disse: 'o quê?'", explicou Paulo.
Com 90% das artérias coronárias bloqueadas, o escritor tinha como única saída a operação. No procedimento, ele disse ter dois caminhos: "um: acontecer alguma coisa na mesa de operação; e dois: a gente não achar as veias entupidas, e se não achar vai ter que abri o coração e fazer aquela coisa que antigamente se fazia que é a ponte de safena. Eu fiquei apavorado. Eu olhei para ele e sai e disse 'deixa eu pensar', e ele me disse: 'não pensa muito, não'".
Mesmo com a pressão jogada pelos médicos, Paulo Coelho comentou que repensou sobre a vida e não se assustou com a morte.
"O mais interessante é que eu pude repensar na minha vida, já que isso poderia ocasionar em uma coisa séria, literalmente eu podia morrer. Eu disse assim: 'bom, eu não tenho medo de morrer, sempre falei para as pessoas que eu não tinha medo de morrer e agora estou enfrentando essa possibilidade real e não estou com medo'. E a segunda coisa que eu pensei foi: 'que vida abençoada que eu tive, casei com a mulher que eu amo, passei por 33 anos ao lado dela, ela vai estar bem financeiramente, eu trabalhei a vida inteira naquilo que eu quis, vivi fiz todos os meus excessos, quando eu era jovem, vivi intensamente a minha vida, tive sucesso naquilo que eu me propus, que era difícil que era ser escritor e viver de literatura, e se eu morrer amanhã vou morrer contente'".
O escritor acalmou seus fãs e contou que a operação foi um sucesso, ficando apenas três horas na UTI do hospital. "A verdadeira história é essa, a grande lição dessa história é que eu estava realmente condenado, mas ninguém morre antes da hora", disse.
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